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Relato da caminhada Terras do Risco
Casais da Serra, 24 de novembro de 2013 Manhã de temperatura pouco agradável. Sol radioso e céu de um azul sem mácula, a compensar. Quatro horas bem passadas para os trinta e um caminhantes. Onze quilómetros caminhados com entusiasmo e vigor, por largos estradões e trilhos mais ou menos apertados. Quilos de lama a colarem-se às solas, na primeira metade do percurso. Uma aragem fria de quase inverno, temperada por um Sol morno de verão de S. Martinho. A mancha verde ancestral e soberba, aqui e ali cortada por uma ou outra clareira que os javalis lavraram a preceito durante a noite. Que belas fotografias dos cachos das flores alvas dos medronheiros, a lembrar brincos de princesas! E dos medronhos serôdios num colorido de amarelos, laranjas e vermelhões! E das bolotas dos carrascos! E dos delicados cachinhos de bagas lilases das aroeiras! E das paisagens de encantar! A subida da Ribeira do Risco, estrada de pedregulhos polidos pelo bater milenar das águas e dos calhaus arrastados pelo caudal, deu para aquecer. As marmitas esculpidas pelos mesmos agentes erosivos, constituem uma maravilha geológica e uma prova mais de que a Natureza é uma verdadeira artista. Mais estradões e trilhos até aos miradouros do oceano. Que deslumbramento! A panorâmica da falésia debruçada sobre as águas, o espinhaço da serra recortada no céu azul claro, o azulão do mar a perder-se na bruma do horizonte, as ondas a desfazerem-se em espuma contra a pedra bruta, só por si valia a caminhada. Outras fotos magníficas para a coleção das boas recordações. No regresso, apesar dos apertos do trilho mais difícil, a satisfação do dever cumprido para com a saúde do corpo, a alma preenchida. A próxima caminhada está agendada para o dia 01 dezembro 2013, com concentração no Convento dos Capuchos-Costa da Caparica.Até lá, muito boas caminhadas. CP EDP / SETÚBAL |
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Dia de Tradição e Festa | Convívio de S. Martinho 2013
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Relato da Caminhada
Rota dos Picheleiros – Parque Natural da Arrábida 10 de Novembro de 2013 Manhã fresquinha e Sol acanhado, à partida de Vila Fresca de Azeitão. Vinte e nove caminhantes, para 12km, afinal 13 e uns pozinhos. Cerca de 3,5h de ar do mais puro, excelente exercício físico, boa disposição e são convívio, num sobe e desce por entre uma vegetação exuberante, com destaque para os bosques magníficos de pinheiros-mansos e os carrasqueiros ajoujados de bolotas delicadas esculpidas por mão de mestre. Houve quem saboreasse os últimos e dulcíssimos medronhos e mirtilos amargosos em plena época – frutos vermelhos fazem milagres! –, e quem passasse a conhecer a erva de azeitona. E quantas fotografias! Paragem obrigatória no Moinho do Cuco, velho vigilante arruinado que em eras idas mostrou a sua valia moendo grão sem descanso, enquanto assobiava alegremente das alturas. Agora é local de privilégio para a panorâmica deslumbrante de todo o Vale dos Picheleiros, ali à sombra do maciço central da Serra. A meio do percurso, mais coisa menos loisa, descanso breve para aconchegar estômagos e aliviar canseiras e apertos de bexiga. Aqui e além, escondidas do mundo, casas, casarões e quintas que regalam olhos e despertam indignações e cobiças – ah, Sebastião da Gama, este prodígio da geologia e da botânica a que chamaste serra-mãe, é muito mais de alguns do que de todos! Meia volta, mais desce e sobe no regresso. A Quinta da Califórnia, a vinha a perder de vista e o gostinho do generoso para saborear noutra altura. Outra vez Azeitão, terra do bom queijo e da boa torta, do moscatel delicioso e dos esses que mataram fomes de rabo às tripulações da nossa odisseia marítima. A meta à vista e uma surpresa mais: oliveiras milenares, ali à beirinha da estrada, indiferentes à ignorância e à indiferença de quem passa a acelerar. Árvores imponentes com direito a placa em jeito de homenagem, e a merecerem tratamento mais condigno. Tanto azeite e tanta lenha que já deram ou que a incúria humana desperdiçou! O desprezo que sofreram e o abandono a que são votadas! Que monumentos e que dádivas da Natureza! Como somos tão pequeninos e insignificantes, e nem sempre nos damos conta disso!E acabou! Moídos, mas prontos pra outra. Daqui a quinze dias haverá mais! A próxima caminhada está agendada para o dia 24 de novembro, com concentração nos Casais da Serra. Até lá, muito boas caminhadas. CP EDP|SETÚBAL |